Publicado por: pertraviagens | outubro 27, 2009

Escalando o Monte Sinai

Fui com um amigo a Dahab, na Península do Sinai, tentar fugir do verão egípcio. Descobrimos um lugar fantástico e curtimos uma das melhores experiências da viagem.

Partimos de Dahab por volta das onze da noite, em uma van velha, junto com outros turistas. Passamos por alguns “check points” do exército, lembrando que nos aproximávamos do deserto que divide o Egito dos territórios Palestinos e de Israel, palco da Guerra dos Seis dias.

Após duas horas de estrada, chegamos aos pés do Monte Sinai e começamos a subir a trilha. Entretanto, havíamos esquecido um item básico para a nossa aventura, a lanterna. Tivemos que subir, então, com a luz da lua e seguindo os demais turistas do grupo.

Com uma hora de subida já tínhamos nos perdido dos demais. A trilha era bem marcada, mas nos perdemos algumas vezes. Nesses momentos, fomos surpreendidos por monges ortodoxos que vivem na região, e que sem dar uma palavra, nos conduziam de volta à trilha.

Outro “alarme” de que havíamos saído da trilha eram os gritos dos camelos que dormiam abaixados no escuro. Pisar em um camelo causava uma gritaria geral do rebanho, chamando a atenção dos habitantes locais, que logo vinham ver o que faziam dois “gringos” perdidos em seu quintal.

Chegamos ao cume antes do sol nascer. Aliás, aquele nascer do sol foi o mais bonito que vi em minha vida – a cadeia de montanhas onde fica o Monte Sinai é de um visual indescritível.

Quase tão impressionante quanto o nascer do sol é ver de cima a trilha que subimos no escuro. Antes de descer, admiramos as construções do cume do Monte Sinai, que simbolizam três das principais religiões do mundo – Judaismo, Cristianismo e Islamismo. Na descida, vale fazer uma parada para visitar o impressionante mosteiro ortodoxo, antes de voltar para as praias de Dahab.

Por Fernando Russo


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