Publicado por: pertraviagens | outubro 25, 2009

Malawi – Lagos e montanhas

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Por Roberto Falcãomalawi-main

 

 

 

 

A partida de Mbeya (Tanzânia)  foi às 7h da matina. Tomei inicialmente um ônibus para a fronteira e atravessei a pé. O policial da fronteira Malawi trocou dinheiro para mim com uma boa taxa, e peguei outro ônibus para Karonga. De Karonga fui para Chitimba, ponto de interseção com a íngreme subida para Livingstonia (cidade onde missionários escoceses estabeleceram uma cidade no meio das montanhas).

Malawi é um pais pobre, essencialmente agrícola, de povo simpático e com a marcante presenca do lago e montanhas cobertas de vegetação. É um paraiso para o mergulho, bird watching, caiaque e treking nas montanhas. Ao chegar em Chitimba descobri que não há praticamente transporte para subir para Livngstonia. Decidi subir a montanha a pé, pela estrada lamacenta e várias trilhas que cortavam caminho. Fori um total de quatro horas até a rest-house.

Isso tudo com minha mochila de 20 kg nas costas, mas valeu a pena! Fui ajudado por um jovem de 22 anos, Akson, em cuja casa almocei no dia seguinte, próxima à cachoeira de Manchewe (Manchewe Falls).

Livingstonia é um entreposto missionário, fundado na virada do século XIX para o XX, com hospital, escolas secundárias e primárias extraordinariamente grandes. Os prédios de arquitetura colonial permanecem inalterados pelo tempo. A igreja, o hospital, as escolas, construídos com materiais locais, tijolos, pedras e madeira. O clima é ameno e há ausência quase total de mosquitos, em um país infestado por malária endêmica.

Passei duas noites na rest-house, casa colonial em mal estado de conservação, mas com lençóis limpos. No café da manhã, panquecas e chá. O almoco foi na casa do Akson. Comprei uns peixes e refrigerantes e servimos toda a família. Depois, o programa foi nadar na cachoeira. Na manhã seguinte, depois de chover a noite toda, decidi partir para Nkhata Bay.

Enfrentei três horas de descida novamente naquela estrada lamacenta. Ao chegar em Chitimba, tive sorte, uma carona na caminhonete de dois sul-africanos que me deixaram em Mzuzu. De Mzuzu, tomei uma van para Nkatha Bay diretamente, chegando ao hotel Njaya Inn em Chikale Beach às 15h.

Nkatha Bay é uma baía, cujas praias do lago são pequenas e isoladas. Chega-se à praia de Chikale a pé, a 15 minutos da vila, e em seguida pode-se continuar por mais uma hora para outras três praias paradisíacas de acesso por trilha. A visibilidade é boa, com milhares de peixinhos coloridos debaixo d’água. Relaxei por dois dias lá – choveu torrencialmente nas duas noites, mas também fez sol durante ambos os dias. De Nkatha Bay, meu próximo destino era Cape Mc Clear.

Chovia bastante pela manhã. Voltei para Mzuzu, passando pelas montanhas cobertas de florestas tropicais. De Mzuzu, tomei um ônibus grande para o turn-off. Dessa estrada, embarquei em um caminhão para Monkey Bay. Tive de dormir lá, para na manhã seguinte seguir em caminhonete para Cape Mc Clear, uma península no Parque Nacional, com uma bela comunidade de pescadores e beach-boys que vivem do turismo.

O passeio de canoa para Thumbi Island, com direito a snorkeling e um churrasco na praia (de peixe, frango ou pato) são as opções para essa praia relax. Para os que quiserem, há ofertas de cursos de mergulho e passeios de caiaque pelo lago. Procure a operadora Aqua Africa ou Caiak Africa em frente ao Steve’s. Nessa vila há uma boa oferta de artesanato local, com o típico trabalho africano de talhas de madeira. Parti para Blantyre, de van.

Para os que tiverem mais tempo, vale a pena tomar o barco que percorre toda a costa do lago, o steamer, navio a vapor dos anos 30! Há cabines e deck – faça reservas, pois ele lota. Vale a pena parar nas ilhas. Para quem gosta de escalar ou de treking, não deixe de ir a Mulange, região montanhosa que possui o monte Mulange e várias outras trilhas de montanha.


Respostas

  1. cara muito legal sua jornada,ainda não estive nesta parte da Africa. hugs


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